Volta ao mundo em 17 andares - Hospital Sabará
Volta ao mundo em 17 andares
Hospital só de criança

Volta ao mundo em 17 andares

Florestas temperadas da Europa, savanas africanas, deserto norte-africano do Saara, regiões polares, estepes da Mongólia, mata e litoral do Brasil. Basta pegar um elevador para conhecer a natureza e os bichos de cada região, percorrer por essas culturas, descobrir um pouco sobre os povos e conhecer seus idiomas.

Cada andar do Sabará representa um desses ecossistemas, com painéis nas paredes, brinquedos e ambientação temática. No sétimo, por exemplo, onde o tema são as savanas africanas, os tons puxam para o laranja. No nono, as regiões polares são representadas pelo azul. E isso está nas paredes, nos móveis, dentro dos quartos, em tudo. Já reparou?

A Cecilia Esteves, que fez as ilustrações, já esteve em quase todos esses lugares. “Eu gosto de viajar muito, de preferência para lugares distantes e exóticos que me levam a conhecer um mundo diferente do meu cotidiano”, conta ela. A gente também adora viajar, né? Mesmo que seja na imaginação, deixar a cabeça voar: sair do hospital para estar no fundo do mar!

 

País ideal

Para a Cecilia, o país ideal é aquele onde vivemos com pessoas e culturas do mundo inteiro. Aliás, conviver com o diferente também é um pouco o que acontece dentro do Sabará… Conversamos com pessoas que não conhecíamos, ouvimos histórias e aprendemos um monte de palavras novas!

Quando paramos para olhar essas paredes ilustradas, então… Aí vamos para um reino muito, muito distante.
O objetivo do projeto foi esse mesmo: trazer informações de habitats diferentes, a que não estamos acostumados, para despertar a nossa curiosidade e entrar em um novo mundo de descobertas.

 

Desenhar também é uma profissão!

Cecilia sempre gostou de desenhar. Quando era criança, a família toda se reunia com lápis e papéis. Dali saía cada ilustração legal…

Depois de fazer faculdade de arquitetura, o desenho virou sua profissão. Mas, em vez de projetar casas, ilustra livros, embalagens e painéis, como é o caso do Sabará. E de onde vêm as ideias para desenhar tanto? De tudo! “O ilustrador é sempre um observador. Tudo que passa a nossa volta de certa forma é processado para sair em algum momento em um dos nossos desenhos”, conta ela. Por exemplo: ela nunca foi pra Romênia, mas já dividiu a casa com uma amiga romena. Lembrou das histórias dessa amiga para criar as ilustrações do 14º e do 15º andares, onde o tema são as florestas temperadas da Europa.

Para fazer os painéis do Sabará, Cecilia fez os desenhos a lápis e depois passou para o computador para colorir, com um efeito parecido com o do lápis de cor. As ilustrações parecem tiradas de um caderno de desenhos ou de um diário de viagem.

Um dia, Cecilia viu uma mãe mostrar ao filho o desenho no painel do Hospital. A criança, que estava chorando, parou para observar. Por alguns minutos, a magia daqueles peixinhos na parede era mais forte do que a dor que estava sentindo. “Não há nada melhor do que saber que seu trabalho pode ajudar a melhorar a qualidade, por um momento que seja, da vida de uma criança”, diz a ilustradora.

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