Traqueostomia - Hospital Sabará
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Traqueostomia

A traqueostomia é uma abertura de forma circular feita cirurgicamente pelo médico cirurgião ou otorrinolaringologista, através da qual é colocado um dispositivo chamado cânula de traqueostomia, permitindo que a criança respire através dela.

 

Quais são as indicações?

A traqueostomia é indicada em algumas situações, entre elas:

– Lesão com estreitamento da laringe devido ao uso prolongado de um tubo oral para respiração;

– Crianças que necessitam de ventilação pulmonar mecânica (VPM) por tempo prolongado e/ou contínuo;

– Síndromes que causem alguma obstrução respiratória, impedindo a respiração nasal e oral adequada; além de certas doenças neurológicas/neuromusculares, malformações, traumas de face e pescoço.

Riscos

A traqueostomia pode trazer riscos para a criança. Como em todos os procedimentos cirúrgicos, complicações podem ocorrer durante, logo após ou tardiamente ao procedimento. Felizmente elas não são frequentes, porém podemos citar algumas como:

  • Sangramentos, tosse persistente, infecções, granulomas (nódulos de tecido inflamado).
  • Quebra da cânula: é raro. Ocorre especialmente em crianças muito agitadas durante uso da VPM. As trocas periódicas da cânula ajudam na prevenção.
  • Obstrução da TQT: pode ocorrer, especialmente quando a secreção fica mais grossa. Para prevenir, devemos umidificar o ar que entra no circuito de VPM (Ventilação Pulmonar Mecânica). Se a crianca não necessitar de uso de VPM, usaremos nebulizações ou inalações para a umidificação.
  • Perda da TQT, chamada de decanulação acidental: mesmo com todos os cuidados, essa é a maior causa de preocupação, pois pode representar risco de vida. Alguns motivos que levam à perda da TQT: fixação frouxa; falta de cuidado durante a troca da fixação; cânulas pequenas para a idade e movimentação excessiva da criança. Caso aconteça, tentar imediatamente colocar novamente a cânula, comunicar a equipe médica e ir ao hospital.

 

Existem riscos de desenvolver infecções?

Sim. A cânula de TQT é uma porta de entrada para micro-organismos, pois comunica o pulmão com o meio externo, ficando colonizada por germes, porém não significa infecção. Deve-se ficar atento para não deixar a criança colocar o dedo na TQT, pois as mãos são meios de transmissão. Para evitar as possíveis infecções, também é importante que as cânulas sejam substituídas a cada mês ou conforme avaliação médica.

Deve-se ficar atento caso a criança apresente secreção com cheiro forte, espessa ou purulenta, pois esses podem ser sinais de infecção. Avise seu médico caso perceba alguma alteração.

 

Cuidados com a Traqueostomia

 

Sempre se faz necessária a higiene das mãos para poder manipular a TQT.

  • Troca de Curativo: deverá ser realizada por duas pessoas, onde uma irá segurar a TQT no pescoço da criança, e a outra será responsável pela limpeza e troca da fixação. Deve ser feita de preferência após o banho, deixando a área seca e limpa. Ao fixar, deve-se deixar um espaço de apenas um dedo de “folga” entre a fixação e o pescoço, diminuindo as chances de decanulação acidental e lesões de pele. Deixar o velcro preparado para uso, com as pontas cortadas arredondadas, torna a fixação mais confortável para a criança.
  • Aspiração traqueal e de via aérea superior: realizar de forma estéril, delicada, sem aprofundar muito a sonda, mas aspirando toda a secreção presente, evitando assim seu acúmulo. Esse procedimento é importante, porém não deve ser feito muitas vezes devido ao risco de sangramento por lesão da traqueia. Se houver contaminação da sonda de aspiração, é necessário trocá-la. Para aspirar a cavidade oral não é necessário uso de luva estéril.
  • Durante o banho: não deixar entrar água ou outros produtos, a fim de não causar infecção ou irritação da traqueia. Ter atenção especial para não arrancar ou “enganchar” o fio do cuff em qualquer outro material. Sua manipulação deve ser de forma muito cuidadosa.


Perguntas Frequentes

1. A TQT dificulta a alimentação pela boca?
Talvez, mas não significa que não pode ser realizada. Por isso, é fundamental o acompanhamento com a equipe de fonoaudiologia para exercícios de reabilitação que ajudem na coordenação de respirar e engolir (deglutir), além de melhorar a força dos músculos responsáveis por deglutir.
2. É possível falar?
Sim. As crianças traqueostomizadas conseguem desenvolver ou reabilitar a fala. Para isso pode ser usada uma válvula chamada de válvula de fala que é acoplada à traqueostomia. Sua indicação depende de uma avaliação da equipe multiprofissional, existindo casos em que a mesma é contraindicada. A função desta válvula é permitir que a criança emita sons, e também pode ser útil para auxiliar na reabilitação da deglutição. Durante seu uso, caso a TQT possua cuff, o mesmo deverá ser desinsuflado, para permitir a emissão de sons.
3. É possível a TQT ser retirada?
Sim, existe a possibilidade após avaliação da equipe multiprofissional. Um exame de broncoscopia deverá ser realizado para avaliar a passagem de ar na via aérea, e a equipe médica decidirá como será o processo para retirada.
4. A TQT impede realização de estimulação motora?
Não. A estimulação motora pode e deve ser realizada quando necessária, não havendo impedimento para qualquer tipo de proposta de terapia.


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