Poliomielite: Vacina
Para pais de épocas passadas, a poliomielite era uma das mais temidas doenças infecciosas. Muitos estavam preocupados em deixar as crianças nadarem em piscinas públicas ou ficarem juntas no cinema da vizinhança, porque tinham medo de que seus jovens pudessem se tornar as próximas vítimas da poliomielite. Após a vacina, que se tornou amplamente disponível em meados da década de 1950, o mundo viu um declínio dramático dessa doença.
A poliomielite é causada por um vírus que afeta bebês e crianças com mais frequência do que outras faixas etárias. É transmitida através do contato pessoa-pessoa e pode produzir paralisia dos músculos.
Alguns casos são leves, mas outros são muito mais graves, deixando as pessoas com deficiência física para o resto de suas vidas. Graças à vacina contra a poliomielite, o vírus selvagem da pólio foi virtualmente eliminado do Brasil e de grande parte do mundo.
Sinais e sintomas
Para a maioria das pessoas, a poliomielite pode causar nenhum sintoma. Às vezes, porém, pode prejudicar e paralisar os braços e as pernas. Ela causa a morte em algumas pessoas, na maioria das vezes quando os músculos envolvidos na respiração ficam paralisados.
Os sintomas podem começar com uma febre baixa e dor de garganta, cerca de 6 a 20 dias após a exposição ao vírus da poliomielite. Algumas crianças também podem apresentar dor ou rigidez nas costas, no pescoço e nas pernas.
O período mais contagioso da poliomielite é de 7 a 10 dias antes do aparecimento dos sintomas. E pode continuar por mais 7 a 10 dias após os sintomas surgirem.
Não existe tratamento para a pólio. Algumas crianças se recuperam totalmente, mas outras ficam deficientes para a vida toda ou podem morrer.
Para proteger seu filho da pólio, certifique-se de que ele está devidamente imunizado contra a doença.
A vacina
Existem dois tipos de vacina contra a poliomielite: a de uso oral (OPV ou Sabin), que são as famosas gotinhas, e a de uso injetável (IPV ou Salk).
OPV ou Sabin
É elaborada com vírus vivo atenuado e administrada por via oral, por meio de duas gotas de uma solução. Tem sido amplamente utilizada nas campanhas de erradicação no Brasil e no mundo, sendo bastante eficaz.
Muito raramente, a vacina Sabin pode causar a doença, em razão do vírus atenuado que existe em sua fórmula, depois que o mesmo sofre mutações. Sua utilização ainda é recomendada em muitos países em razão das facilidades de transporte, conservação e administração, além de produzir imunidade não só em quem foi vacinado, mas também em seus comunicantes.
IPV ou Salk
É elaborada com vírus mortos ou inativos, não oferecendo nenhum risco de causar a doença. É administrada por via intramuscular e tem efeitos adversos muito leves, como dor e vermelhidão no local da injeção. A vacina não deve ser utilizada em pacientes alérgicos a algum de seus componentes.