Eritema Infeccioso ou Quinta Moléstia - Hospital Sabará
 
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Eritema Infeccioso ou Quinta Moléstia

Etiologia: Parvovírus B19

Epidemiologia: Transmissão por contato com secreções respiratórias, acidente percutâneo com sangue ou produtos sanguíneos, e transmissão vertical mãe-feto.

Pico de incidência entre pré-escolares e escolares.

A transmissão ocorre, preferencialmente, antes do aparecimento do exantema, sendo rara após o mesmo.

O período de incubação é de 4 a 14 dias, até um máximo de 21 dias.

Exantema e sintomas articulares que podem ocorrer, em geral, aparecem de 2 a 3 semanas após a infecção.

Quadro clínico: Febre ocorre em apenas 15% a 30% dos pacientes, acompanhada de sintomas discretos, como mal estar, cefaleia e mialgia, 7 a 10 dias antes do aparecimento do exantema. O exantema é característico e se inicia na face, com rubor intenso, chamado de “fácies esbofeteada”, evoluindo com um rendilhado simétrico no tronco, nos braços, nas nádegas e coxas. A intensidade do exantema pode variar frente a condições ambientais, intensificando-se com o aumento da temperatura ambiente, banho quente ou exposição solar. Flutuações na apresentação do rash podem ocorrer por semanas a meses.

Sintomas articulares podem ocorrer mais comumente em adultos.

A infecção durante a gravidez pode levar a hidropsia fetal e óbito, sendo maior o risco na primeira metade da gestação.

Pacientes com anemia hemolítica podem desenvolver crise aplástica na infecção por Parvovírus B19, com duração de 7 a 10 dias, podendo ser necessária transfusão sanguínea.

Diagnóstico: A sorologia pode ser realizada (IgM e IgG), porém, usualmente, não é solicitada, a não ser em casos de possível risco para a gestante exposta.

Tratamento: Medidas de suporte.

Isolamento: Desnecessário nos casos habitualmente vistos no pronto-atendimento, já que o contágio se dá antes da manifestação exantemática.

Indicado cuidado com gestantes perante crianças acometidas que sejam imunodeprimidas ou com crise aplástica, na qual o período de transmissão é maior. Nesses casos, orientar isolamento por 7 dias.

Autora: Dra Maria Claudia Senatore
Fonte: Baseado no texto da autora no livro Manual de Urgências e Emergências em Pediatria.
Hospital Infantil Sabará – Ed. Sarvier



Tratamento

Pergunte ao seu médico sobre o melhor plano de tratamento para você. Opções de tratamento incluem:

Medicamentos

Como a quinta doença é causada por um vírus, os antibióticos não são eficazes no tratamento. Atualmente, não há medicamentos antivirais disponíveis para tratamento. Geralmente, a quinta doença não requer nenhum tratamento além do repouso. Medicamentos como o paracetamol podem ser usados ​​para aliviar a dor nas articulações e reduzir a febre. Medicamentos anti-coceira podem ser usados ​​para aliviar a coceira associada à erupção cutânea.

Pessoas com Anemia Crônica

Em pessoas com anemia falciforme ou outros tipos de anemia crônica, o parvovírus B19 às vezes pode causar anemia grave e aguda. Nesse caso, a anemia exigirá tratamento, que inclui hospitalização e transfusões de sangue.

Pessoas com problemas imunológicos

Pessoas com problemas imunológicos podem precisar de cuidados médicos especiais, como tratamento com anticorpos, para ajudá-los a se curar da infecção.

Mulheres grávidas

Às vezes, a infecção por parvovírus B19 em mulheres grávidas pode causar anemia grave no feto ou, possivelmente, um aborto espontâneo. Isso é raro (menos de 5% dos casos). Em geral, não há complicações sérias. No entanto, se estiver grávida e pensar que pode ter uma infecção por parvovírus B19 ou se tiver tido contacto com alguém que tenha esta infecção, peça uma avaliação ao seu obstetra.


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