Baixo Rendimento Escolar - Hospital Sabará
 
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Baixo Rendimento Escolar

Pelo menos um em cada cinco alunos tem dificuldade em manter-se academicamente em algum momento do ensino médio. Quedas de rendimento escolar requerem nossa atenção imediata, antes que o dano à autoestima seja irreparável ou que o jovem desenvolva aversão à escola.

Enquanto a raiz do problema pode estar relacionada com o ambiente escolar, a queda nas notas pode ser sinal de alerta de uma das causas abaixo:

  1. Doenças físicas: distúrbios do sono não diagnosticados, anemia, mononucleose infecciosa, condições da tireoide, visão ou audição prejudicada, entre outros.
  2. Distúrbios emocionais: depressão, ansiedade, distúrbios alimentares etc.
  3. Dificuldades de aprendizagem/deficiências de desenvolvimento: dislexia, distúrbios de processamento auditivo central, déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), dentre outros.
  4. Abuso de substâncias: uma queda drástica na performance escolar pode ser indício de que o jovem vem tendo experiências com álcool ou drogas ilícitas.

O que você pode fazer?

  • Converse com seu filho adolescente. Afinal, ele é a autoridade máxima sobre o que está por trás de suas dificuldades acadêmicas. Mas deve ser uma conversa, não um confronto. Deixe que ele saiba que você está do lado dele e quer ajudá-lo.
  • Agende uma reunião com os professores. Mesmo o pai mais envolvido não sabe tudo o que se passa na escola. Os adolescentes, por vezes, revelam na escola o que guardam em segredo em casa, ou vice-versa. Assim, as observações de um professor podem fornecer pistas valiosas para a causa dos problemas acadêmicos.
  • Nos dias que antecederam a reunião de pais, escreva as perguntas que abordam as áreas que mais lhe dizem respeito. Você pode não ter prazer em ouvir tudo o que o professor tem a dizer, mas tente manter em mente que, com raras exceções, o “feedback“ não é um ataque pessoal ao caráter de seu filho ou a sua competência como pai. Se o professor do seu filho diz que ele interrompe sua aula com piadas, aceite que o que ele diz como verdade.
  • Peça ao professor para ser mais específico e ouça educadamente o que ele tem a dizer. Por exemplo: “Você poderia me dar um exemplo do que quis dizer? Com que frequência ele age assim em sala de aula?”. Em seguida, trabalhe em conjunto para chegar a uma solução. Talvez você decida avisar seu filho de que qualquer futuro incidente de má conduta resultará na perda de um privilégio.
  • Considere contratar um tutor após a escola. Sessões com um professor particular podem fazer maravilhas com alunos que há poucas semanas pareciam incapazes de compreender um assunto específico. Aprender em um ambiente livre de pressão pode ser mais atraente para seu filho. Tutores também podem ajudar a preencher a lacuna de tempo quando os adolescentes ficam fora da escola, por causa de uma breve doença, viagem de família e assim por diante. Em vez de ficar para trás durante esses períodos curtos, mas cruciais, o tutor trabalhará para que o aluno esteja sempre pronto para retornar à sala de aula.

Autor: Dr. José Luiz Setúbal
Fonte: Cuidar do seu Adolescente (Copyright © 2003 Academia Americana de Pediatria)



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