Sabará faz alerta para sintomas que não podem esperar - Hospital Sabará
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Sabará faz alerta para sintomas que não podem esperar

Entenda quando ficar em casa representa mais riscos do que ir ao Pronto-Socorro

Durante a pandemia de Covid-19, muitas famílias estão evitando ir ao Pronto-Socorro mesmo quando as crianças estão com sintomas graves. Como resultado, buscam o atendimento apenas quando o quadro dos seus filhos já se encontra avançado. O supervisor do Pronto-Socorro do Sabará Hospital Infantil, Dr. Thales Araújo de Oliveira, alerta que, nesses casos, ficar em casa pode ser um risco maior para a saúde das crianças do que sair para buscar tratamento”.

Um artigo publicado na revista científica The Lancet em 9 de abril mostra que os hospitais na Itália tiveram uma queda de 73% a 88% no número de atendimentos nos departamentos de emergência pediátricos em março, comparado ao mesmo período dos anos anteriores. No Sabará, esse número foi de 40% no mês de março, quando a doença ainda estava em estágio inicial no Brasil. Segundo dados registrados até o momento na Instituição, o número de atendimentos de emergência aponta uma queda de 75% no mês de abril.

“Sabemos que, com a suspensão das aulas nas escolas, é natural que o número de infecções e traumas seja menor que o usual. Isso, aliado ao baixo número de casos graves de COVID-19 em crianças, justifica em parte a queda na procura pelo pronto-socorro pediátrico”, comenta Thales. “Porém, as crianças continuam tendo doenças como câncer, diabetes e condições cirúrgicas como apendicite”, ressalta Oliveira.

O artigo analisou 12 casos em que o atraso na procura por assistência médica trouxe resultados graves, alguns levando a óbito do paciente. “Em todos os casos, os pais reportaram evitar a ida ao hospital por medo de uma infecção de COVID-19”, diz o artigo. Todos esses pacientes testaram negativo para o vírus. Nesse sentido, os riscos envolvidos no atraso à procura pela emergência pediátrica podem ser muito maiores do que os riscos de uma infecção por COVID-19.

Para garantir a segurança de todos os pacientes, o Sabará mudou os fluxos de Pronto-Socorro, separando as crianças com sintomas respiratórios e não respiratórios. Além disso, os funcionários da Instituição também passam por triagem ao entrarem no Hospital, com verificação de temperatura e resposta a questionário. Assim, as famílias podem ficar mais tranquilas em relação à segurança de seus filhos ao visitar o Sabará. “Todo este cuidado e treinamento com os funcionários resulta também em mais segurança aos nossos pacientes”, completa Thales.

Pensando em como ajudar na identificação de quais casos não devem esperar para buscar atendimento, o supervisor do Pronto-Socorro do Sabará preparou algumas orientações que poderão guiar as famílias neste momento. Segundo Oliveira, “se seu filho ou filha apresentar qualquer um dos sintomas listados abaixo, não hesite em ir ao Hospital”. Confira:

  • Um recém-nascido ou bebê que se encontra prostrado, com dificuldade respiratória, sucção fraca ou até mesmo ausente, com sangue nas fezes ou vomitando em grande quantidade, se ficar roxinho (cianose) ou muito amarelo (recém-nascido com icterícia), ou se tiver febre (acima de 37,8º) ou queda de temperatura (abaixo de 35,5 / 36º) deve ser levado ao Pronto-Socorro o mais breve possível.
  • Febre persistente por mais de 48h.
  • Diarreia: a maior preocupação é quando a criança fica desidratada. Os sintomas mais comuns da desidratação são lábios e língua seca, diminuição e escurecimento da urina, diminuição da elasticidade da pele, olhos fundos e prostração. Observe também se o problema não vem acompanhado de vômitos persistentes, sangramento ou catarro nas fezes.
  • Quadros respiratórios associados a cansaço, crises de sibilância (chiado no peito) e hipoatividade.
  • Dor abdominal: persistente ou com piora progressiva; ou súbita e de forte intensidade; acompanhada ou não de vômitos e distensão abdominal.
  • Quadros alérgicos:surgimento de manchas e coceira associada à dificuldade para respirar, tosse rouca, chiado ou inchaço nos lábios e garganta.
  • Cortes e quedas:depende muito do tamanho da lesão e da quantidade de sangue perdido. É importante ficar de olho se, após um tombo, a criança manifestar sonolência, vômitos, dor de cabeça, abatimento ou qualquer anormalidade.
  • Intoxicação:sempre vá diretamente ao hospital. Não provoque vômitos e tente pegar o rótulo do produto para fornecer ao médico detalhes que poderão ajudar no tratamento.
  • Convulsão: se a criança sofrer convulsão, os pais têm de procurar auxílio médico imediatamente.
  • Pacientes oncológicos que apresentarem febre, cansaço, falta de ar e fraqueza extrema.
  • Distensão abdominal com interrupção da eliminação de gases/fezes, podendo ter vômito. Vômito ou fezes que apresentam sangue vivo ou borra de café.
  • Outros: Aparecimento de qualquer massa ou tumoração na virilha ou no escroto; Aumento, vermelhidão ou dor testicular; Ingestão de corpos estranhos. Fimose infeccionada ou acompanhada de dor.

Além disso, ocorrências relacionadas às queixas de Ortopedia e Traumatologia também exigem um olhar atento dos pais para identificar sinais que necessitem de ajuda especializada imediata, entre elas estão: trauma ou torção que evolui com dor, aumento de volume e/ou deformidade dos ossos e articulações. Infecção da articulação, apresentando dor, dificuldade em caminhar, febre, dificuldade para mover um membro ou prostração. Assim como as infecções de origens dentárias e traumas na face devido a acidentes domésticos, que envolvem acompanhamento de Bucomaxilo.

Por fim, veja os sintomas associados com a Otorrinolaringologia que também pode representar risco para a saúde das crianças:

  • Dor de garganta com mais de dois dias de evolução com febre;
  • Secreção amarelada no nariz por mais de sete dias;
  • Dor de ouvido com febre em menores de dois anos de idade;
  • Dor de ouvido nos dois ouvidos;
  • Paralisia da musculatura da face;
  • Rouquidão por mais de cinco dias ou com falta de ar;
  • Inchaço ou vermelhidão na região periocular;
  • Tonteira de início repentino;
  • Inchaço da orelha com ou sem dor;
  • Sangramento nasal.

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