Conheça a história de Sofia, paciente com cardiopatia congênita operada no Sabará logo após o nascimento
Diagnosticada com múltiplos furos no coração e aorta estreitada, Sofia Ratis passou por duas cirurgias complexas e teve uma recuperação rápida
Luana Ratis conheceu o Sabará antes do nascimento de sua filha, Sofia. Após um dos exames do pré-natal, ela descobriu que a filha era cardiopata, com múltiplos furos no coração e a aorta estreitada (comunicações interventriculares múltiplas e coarctação de aorta crítica).
Natural de Manaus (AM), Luana foi aconselhada por sua médica a buscar cuidado intensivo imediatamente após o nascimento de Sofia, e a profissional indicou o serviço de cardiologia do Sabará.
“Com nove dias de vida ela fez a primeira cirurgia, para fechar algumas perfurações no coração e ampliar a aorta. Foi aí que a Dra. Beatriz Furlanetto, cirurgiã do caso, disse que ela precisaria passar por um novo procedimento para correção definitiva do problema cardíaco”, explica Eli Ratis, pai de Sofia.
“A Sofia apresentava comunicações interventriculares grandes e desafiadoras para a equipe cirúrgica. De um modo geral, o procedimento tradicional seria a correção da coarctação e uma bandagem do tronco pulmonar. Em vez disso, optamos em fechar as comunicações que seriam possíveis, sabendo que teríamos algumas residuais pelo fato do diagnóstico múltiplo e a criança ser recém-nascida, o que dificulta tratar tudo de uma vez só. Quando existe esse tipo de comunicação, em geral optamos por tratar como se fosse um ventrículo único, mas nesse caso o fechamento parcial foi uma boa escolha. Na segunda operação, foi possível corrigir tudo e estabilizar o quadro de forma definitiva”, explica a cirurgiã.
A segunda cirurgia aconteceu em novembro de 2023, dois anos após a primeira intervenção, e foi um sucesso. “A recuperação foi ótima, em sete dias ela já tinha tido alta e estava ótima. Você olha e nem parece que ela operou o coração. Está brincando, se alimentando e estamos muito felizes. A equipe do Sabará foi incrível e somos muito gratos”, completa Luana.
Embora o Sabará não possua um serviço de maternidade, nossa equipe multidisciplinar acompanha alguns casos por meio do Programa de Medicina Fetal. Quando uma cardiopatia congênita é diagnosticada durante a gravidez, além do acompanhamento por meio de exames específicos, o parto pode ser realizado no Sabará para que a criança consiga ser operada ainda no período neonatal.
“Primeiro as mães chegam e fazem o exame morfológico, além do ecofetal. Com o diagnóstico formado, essa gestante passa a ter monitoramento e outros desdobramentos, como por exemplo a necessidade de uma investigação genética. A partir disso, começa o preparo para o parto aqui no Sabará. Quando a criança nasce, ela vai direto para a Unidade de Terapia Intensiva fazer os exames necessários para poder, então, ser operada”, completa a médica.
