Agosto Dourado - Crianças de alta complexidade também podem receber leite materno  - Hospital Sabará
Agosto Dourado – Crianças de alta complexidade também podem receber leite materno 
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Agosto Dourado – Crianças de alta complexidade também podem receber leite materno 

Agosto Dourado – Crianças de alta complexidade também podem receber leite materno

Podemos dizer que o leite materno é a primeira fonte de vida e de saúde para o bebê e com a Luísa Oliveira Souza, de 2,3 anos, não é diferente.  Com 1,4 meses, Luísa foi diagnosticada no Sabará Hospital Infantil com LLA – Leucemia Linfoide Aguda. No começo do mês de julho, ela teve uma complicação, ao chegar ao Hospital, foi diagnosticada com pneumonia. “Internamos com febre e após uma semana, ela teve uma grande piora, precisou ser intubada”, lembra a mãe Nádia Cristina Oliveira Lima. Com o agravamento do quadro, Luísa precisou entrar em ECMO no qual permaneceu por 11 dias e mais 8 dias intubada.
“Foi um baque, ficamos sem chão, porque não conhecíamos a terapia. Mas todo o time da ECMO, as médicas, as enfermeiras e o enfermeiro foram muito carinhosos e acolhedores. Nos passaram muita confiança. A ECMO salvou a vida da minha bebê”, conta a mãe.
Entretanto, mesmo com a complexidade no caso de Luísa, ela continuou recebendo o leite materno. “Enquanto ela estava entubada, a equipe me incentivou nas ordenhas e em menos de 24h de extubação, Luísa já estava no meu peito”, conta Nádia.
“O leite foi extraído da mãe e passado por meio de sonda. A gente viu que realmente ajudou bastante na recuperação dela e na aceitação das próprias medicações que poderiam ser feitas por sonda para que ajudassem no tratamento. Nós tínhamos tentado outras dietas e não tivemos sucesso na medicação pela sonda. A partir do momento em que colocamos o leite da mãe bem devagar, junto com as medicações e depois com um pouco da outra dieta, vimos que tudo começou a dar certo, Luísa aceitou as medicações e depois a outra dieta, de forma plena. Mesmo tendo um diagnóstico tão grave, a presença do leite materno na recuperação da Luísa foi fundamental”, relatou a cardiologista pediátrica Rafaella Gato, diretora do programa de ECMO do Departamento de Cardiologia do Sabará Hospital Infantil.
O apoio emocional do pai tem sido importante no aleitamento da Luísa, relata o bancário Luiz Henrique de Souza Santos. “Nesse processo sou coadjuvante. Porém, quando vejo que está difícil para ela, procuro incentivá-la, elogiá-la, proponho algum programa para que possa se distrair, pois sei o quanto elas gostam desse momento e é notável o quanto o aleitamento materno faz bem para a Luísa”.
“Todo bebê, mesmo de alta complexidade, está apto a receber o leite materno. Por isso, acompanhamos pais e bebês para ajustarmos a melhor dinâmica de acordo com as condições neurológicas, de sucção, gástrica e qual a melhor via, se é necessário o uso da sonda para que a criança receba o alimento”, explica Denise Lopes Madureira, coordenadora  do Setor de Fonoaudiologia do Sabará Hospital Infantil.
Nádia compreende que o aleitamento materno trouxe muitos benefícios e auxilia no processo de tratamento da pequena Luísa. “Insisto até hoje no aleitamento materno, porque sei que, mesmo depois de anos amamentando, o leite não perde suas propriedades. Continuo também porque por meio desses momentos de amamentação construí uma conexão muito grande com a minha filha e ela adora esses momentos só nossos. Amamentar foi um grande aliado do tratamento, durante e depois de procedimentos doloridos é mamando que minha filha encontra conforto. Ter o apoio da equipe do Sabará para manter o aleitamento foi incrível”, finaliza a mãe.

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