Saúde nutricional: para além do peso, quais outros fatores devem ser considerados?   - Hospital Sabará
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Saúde nutricional: para além do peso, quais outros fatores devem ser considerados?  
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Saúde nutricional: para além do peso, quais outros fatores devem ser considerados?  

Saúde nutricional: para além do peso, quais outros fatores devem ser considerados?  

 

A preocupação com o crescimento saudável das crianças é uma questão compartilhada por pais e profissionais de saúde. Entre os vários fatores a se observar ao longo do desenvolvimento infantil, o Índice de Massa Corpórea (IMC) é uma das ferramentas mais utilizadas para ajudar a verificar o status nutricional da criança e do adolescente, auxiliando na investigação de casos de obesidade ou desnutrição.

 

O índice é calculado a partir da relação entre o peso e a altura. O resultado obtido desta equação é classificado em razão da idade e do sexo, através das curvas de crescimento – outro instrumento técnico também importante de avaliação da saúde da criança.

 

No nosso site, temos a Calculadora de IMC Infantil para auxiliar nessa primeira triagem. Ao colocar os dados no nosso sistema, processamos o resultado indicando se o peso está dentro dos critérios considerados adequados ou se é necessário buscar atendimento especializado. No entanto, é importante destacar que o IMC é apenas um dos parâmetros para classificação do estado nutricional, sendo assim, o diagnóstico depende de uma avaliação individualizada feita por profissionais como pediatras e nutricionistas, nutrólogos e/ou endocrinologistas, com especialização nos cuidados de crianças e adolescentes. 

 

Quer entender mais o que se deve considerar ao consultar o IMC e o que fazer nas situações de resultados alterados? Acompanhe o texto de hoje!

 

Limitações do IMC

 

Apesar da análise da massa corporal ser uma ferramenta muito útil para o rastreamento precoce de situações de desequilíbrio nutricional da criança, precisamos entender por que o índice não pode ser considerado isoladamente. A supervisora de nutrição do Sabará Hospital Infantil, Fernanda Rabelo, explica que quando há um desvio no IMC, durante as consultas, os profissionais de saúde analisam mais fatores a partir da conversa com os pais e o paciente. “São avaliados outros aspectos como a rotina de sono, alimentação, atividade física, distúrbios ou alergias alimentares, dinâmica familiar, por exemplo”, aponta a nutricionista. 

 

A importância de uma avaliação mais ampla se demonstra pelo fato de que o peso dentro do índice não significa necessariamente um corpo saudável. Com mais informações sobre a história da criança ou do adolescente, os especialistas podem ter um diagnóstico mais preciso sobre o quadro do paciente e traçar a melhor estratégia de intervenção. 

 

Rabelo chama atenção dos pais para que não se prendam somente aos cálculos de massa corporal. “Um exemplo seria uma criança, com peso e estatura adequados para idade, apresentar anemia ferropriva [carência de ferro no organismo], que não será detectada em uma avaliação inicial de IMC. Porém, em uma avaliação realizada por um profissional de saúde, é possível detectar, por meio de exames complementares, essa inadequação que pode estar relacionada à escolha alimentar equivocada e à monotonia alimentar”. 

 

Um diagnóstico inadequado de obesidade também pode ocorrer  ao se considerar somente o IMC como fator de avaliação nutricional. Isso porque o índice não considera a proporção de tecido muscular ou adiposo na análise do peso. Dessa forma, há situações em que é possível ter um IMC elevado, devido ao grande volume de massa muscular, e não pelo excesso de gordura corporal. Sendo assim, a análise de um especialista é fundamental para a interpretação correta do estado nutricional da criança.  

 

A imagem corporal na infância 

 

Com ritmo de crescimento acelerado, especialmente durante a primeira infância (entre 0 e 6 anos), o acompanhamento nutricional da criança é fundamental para garantir que ela tenha acesso a todos os nutrientes necessários ao seu pleno desenvolvimento. No entanto, quando o assunto é nutrição, muitas vezes, há uma grande distorção nesse conceito, com uma associação incorreta entre saúde e beleza física dentro dos padrões estéticos. E, infelizmente, nossas crianças também não estão livres disso. 

 

Uma pesquisa realizada pela organização australiana Pretty Foundation, que visa promover a autoestima em meninas de 2 a 6 anos, apontou que 38% das garotas de 4 anos se sentem insatisfeitas com seus corpos. O estudo ainda revelou que 34% das meninas de 5 anos disseram ter a intenção de fazerem dieta. Os dados são preocupantes ao demonstrarem que, mesmo tão novas, as crianças já compartilham sentimentos negativos com a forma como se veem, o que oferece risco para o desenvolvimento futuro de transtornos alimentares, como a anorexia e a bulimia

 

A construção da imagem corporal sofre forte influência do ambiente em que estamos expostos, sendo que os cuidadores e, especialmente, a mídia refletem fortemente nessa formulação. Por isso, Rabelo destaca que a atenção ao ganho de peso da criança é importante, mas deve ser sempre focado no cuidado com a saúde. “Este acompanhamento permite identificar variações importantes que podem indicar problemas, e desta forma garantir a intervenção no momento e na maneira adequada, sem que isto se torne uma punição ou que a criança ou adolescente se torne ‘refém’ dos ponteiros da balança”, ressalta a nutricionista.

 

Como conversar com as crianças sobre corpo saudável, fugindo dos padrões estéticos? 

 

Ao falar com as crianças, é importante mostrar a elas que a composição de um corpo saudável depende de uma boa alimentação, atividade física e qualidade de vida. Ou seja, vai muito além do peso. A beleza mora no equilíbrio de todos esses aspectos e também na compreensão de que somos seres com características e formas diferentes. Assim, Rabelo ainda aponta que uma relação positiva com o corpo é uma experiência familiar que precisa ser coletiva: “A estratégia principal é o diálogo de forma aberta e, sobretudo, sendo exemplo de hábitos saudáveis. Somente o discurso não aliado à prática provavelmente não atingirá o objetivo”. 

 

Nossa nutricionista, elencou abaixo algumas ações que os pais devem implementar em família para desenvolverem juntos uma relação saudável com o corpo. Confira abaixo:

 

  • Estabeleça rotina para crianças;
  • Proporcione hábitos alimentares saudáveis, com refeições caseiras evitando os alimentos ultraprocessados;
  • Incentive os exercícios físicos;
  • Prepare e realize refeições em família.

 

Cuidando da criança de forma integral

 

Como vimos, o estado nutricional da criança é resultado das condições ambientais e sociais em que ela está inserida, além de sofrer influência de outros fatores, como o metabolismo. Apesar das limitações do IMC, a consulta do índice é um instrumento prático e importante para auxiliar os pais em uma primeira sondagem sobre as condições de saúde dos seus filhos. 

 

Nesse sentido, nossa nutricionista reforça que qualquer desvio de normalidade apontado pelo resultado deve ser investigado por especialistas. “A criança e o adolescente devem ser acompanhados por uma equipe multiprofissional em resultados que indiquem baixo peso, sobrepeso ou obesidade, pois algo pode não estar funcionando bem”, afirma Rabelo. 

        

O Sabará Hospital Infantil tem um Centro de Excelência, composto por consultórios, sala de triagem e procedimentos, que reúne em um mesmo lugar mais de 32 especialidades pediátricas, entre elas nutricionistas, nutrólogos, endocrinologistas e psicólogos. Nos atendimentos de avaliação nutricional, fazemos uma análise completa de cada paciente, avaliando indicadores clínicos, bioquímicos, antropométricos (medida das dimensões físicas) e de padrão alimentar. Durante a conversa com o paciente e com os pais, buscamos entender também o modo de vida, agentes externos, rotina em casa e na escola, entre outros aspectos que impactam na nutrição do paciente. A partir disso, construímos uma orientação individualizada, de acordo com as necessidades da criança ou do adolescente.

 

Nossos especialistas estão disponíveis para teleconsultas, e os agendamentos podem ser feitos diretamente pelo nosso site. Você também pode entrar em contato através do telefone (11) 3155-2800. Caso deseje consultar, no nosso site, você pode conferir os planos de saúde atendidos pelo nosso hospital. 

 

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