
“A sala sensorial ajuda a criança a não pegar aversão ao hospital”
Espaço de acolhimento e apoio sensorial pode ser visitado por pacientes no início ou ao final da internação
Quando o menino Henrie, de nove anos, começou a piorar dos sintomas de dengue, os pais Gabriela Arrebola e Vitor Miranda imediatamente o levaram ao pediatra na cidade em que moram, Atibaia (SP). Henrie tem os diagnósticos de TEA – Transtorno do Espectro Autista e de paralisia cerebral (PC), e o médico recomendou que ele fosse levado ao Sabará para uma possível internação.
“Ficamos encantados. Nunca tínhamos visto um hospital com as adaptações necessárias para receber a criança acompanhada dos pais. Isso facilita muito”, conta Gabriela.
Por conta das condições de Henrie, seus pais adaptaram a casa onde vivem. “As pessoas acham que por causa da PC a criança vai ficar acamada, mas o Henrie é muito forte e cheio de vida, estamos sempre estimulando bastante ele”, conta a mãe.
Por isso, Gabriela enfatiza a acessibilidade dos quartos no Sabará, incluindo as adaptações necessárias, como barras de apoio. “Nossa casa é toda adaptada, então ajudou muito que o hospital também fosse assim. Inclusive, tiramos fotos do assento redutor no banheiro para servir de exemplo.”
Outro fator que chamou a atenção da mãe foi a adaptabilidade na alimentação oferecida pelo Sabará, uma questão que muitas vezes pode ser difícil para crianças com TEA que possuem seletividade alimentar. “O Henrie come de tudo, então isso não foi um problema, mas foi muito bacana de ver. As refeições eram bastante ricas e ele pôde repetir quando quis”, enfatiza.
Ao final da internação, Henrie pôde conhecer a sala sensorial, que o deixou encantado. “Ele explorou as estrelas, colocava a mãozinha onde tinha luzes”, conta Gabriela. “O mais bacana é que no Sabará ele teve um reforço positivo. A gente tinha muito medo que ele pegasse aversão ao hospital. Mas, com essa experiência, isso não vai acontecer”, completa.